O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de Minas Gerais – CAU/MG, através da sua Comissão Especial do Patrimônio Cultural – CPC, manifesta-se contrariamente à tentativa de exploração mineral e de serviços de um terreno de dez hectares, dentro de uma Área de Preservação Ambiental – APA na Serra de São José, no município de Tiradentes, no Campo das Vertentes. O referido terreno, que está em disputa judicial entre o proprietário e o Instituto Estadual de Florestas – IEF, já foi a pregão no mês passado, e teve o seu leilão interrompido por trinta dias pela Justiça após uma mobilização de entidades civis e a Prefeitura de Tiradentes. O leilão chegou a receber propostas de mineradoras e de empresas dispostas a construir hotéis na região.
O coordenador da CPC, o arquiteto e urbanista Sérgio Cardoso Ayres, afirma que a preservação da Serra de São José é de importância fundamental para a região, tanto na área ambiental quanto na paisagística. “Já temos o exemplo da Serra do Curral, em Belo Horizonte, ameaçada pela exploração mineral indiscriminada. E agora estamos diante do risco de algo semelhante ocorrer na Serra de São José”, afirma ele, ressaltando que o CAU/MG vê na suspenção do leilão a oportunidade de refirmar a proteção do manancial, rico em cachoeiras e que integra a memória e a identidade da região.
Nesse momento a mobilização da sociedade é fundamental para o fortalecimento do trabalho de gestores públicos e órgãos de preservação em prol da conservação de nossos bens culturais, históricos, paisagísticos e culturais.
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