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Confira os resultados da pesquisa do CAU sobre Reserva Técnica

Pesquisa, que contou com a participação de mais de 3.800 profissionais de Arquitetura e Urbanismo de todo o país, servirá como base para discussões e, consequentemente, um encaminhamento sobre a reserva técnica

 

pesquisa reserva técnica

 

No fim do ano passado, o CAU Brasil realizou uma ampla consulta pública sobre a prática da reserva técnica. Mais de 3.800 arquitetos e urbanistas de todo os estados do país responderam à pesquisa sobre o recebimento e oferecimento de comissões por especificação ou indicação de produtos e serviços, assim como a difusão dessa prática e às suas características. Os resultados foram apresentados aos conselheiros do CAU Brasil e aos presidentes dos CAU/UF durante a 133ª Reunião Plenária Ordinária do CAU Brasil, realizada em Manaus (AM). “É um trabalho grandioso feito pela comissão e parceria com os estados. Não podemos ignorar essa discussão que impacta diretamente na vida dos arquitetos”, afirmou o coordenador da Comissão de Ética do CAU Brasil, Fabrício Santos.

Para a presidente do CAU Brasil, Nadia Somekh, a pesquisa mostra que a questão é bastante complexa. “Precisamos lembrar que a questão-chave a se trabalhar aqui é a valorização profissional. Isso também está ligado a temas como a Tabela de Honorários e a sensibilização da sociedade sobre a importância do trabalho de arquitetos e urbanistas”, disse. Já existem ações do CAU Brasil nessas duas outras frentes: a campanha de valorização profissoinal Mais Arquitetos já atingiu 60 milhões de pessoas por meio das redes sociais; e a revisão da Tabela de Honorários já está sendo discutida, após uma consulta pública sobre o tema.

Os resultados da Pesquisa Nacional sobre Reserva Técnica foram apresentados pelo conselheiro do CAU Brasil Roberto Salomão (PE). “A Comissão de Ética e Disciplina está trabalhando com esse tema desde a gestão passada. É uma discussão que tem sido demanda pelo Plenário do CAU Brasil, para que possamos enfrentar essa questão e produzir um encaminhamento”, afiirmou. “Por isso estamos trazendo para este colegiado ampliado, com a presença dos presidentes dos CAU/UF”, qual a perpecpção dos arquitetos e urbanistas do país sobre esse tema da reserva técnica”.

 

pesquisa reserva técnica

 

Segundo a pesquisa, 65% dos profissionais entrevistados já receberam ou ofereceram comissões por especificação ou indicação de produtos e serviços. Porém, existe uma divisão clara entre percepções positivas e negativas: 50% são a favor e 32% são contra.

 

pesquisa reserva técnica

 

Entre os arquitetos e urbanistas que recebem a reserva técnica, a comissão corresponde a até 10% do valor total da aquisição de bens ou serviços. Essa prática é mais comum nas compras de materiais de acabamento e materiais de iluminação.

 

 

Metade desses profissionais informaram expressaram que seus clientes tomam conhecimento da prática. Mais de 70% afirmam que o valor recebido não influenciou na composição final dos honorários, nem que o cliente pagou mais caro pelo produto ou serviço contratada.

 

 

Cerca de 69% dos arquitetos e urbanistas consideram que o CAU deveria rever os dispositivos do Código de Ética e Disciplina. Entre os que já receberam ou ofereceram comissões, esse índice é 86%. Já entre quem nunca praticou a a reserva técnica, 63% preferem a manter os dispositivos existentes.

 

 

O assunto será retomado no 24º Seminário Regional da Comissão de Ética do CAU Brasil, que acontecerá ainda no primeiro semestre de 2023.

Fonte: CAU/BR

 

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2 respostas

  1. Acredito que a reserva técnica estará sempre condicionada a atuação do profissional arquiteto no mercado, por isso não vejo de uma forma geral negativa a percentagem de atuar desta forma.

  2. Olá. Bom dia. Parabéns por entrar neste espinhoso tema. Tenho uma visão sobre ele mas…não me fecho a defesas contrárias. No âmbito da justiça, já houve algumas decisões contrárias à Reserva Técnica. Entretanto, é um hábito espalhado em todo o Brasil. Assim, como já foi a mão de obra escrava e a imposição de que o lugar da mulher é em casa cuidando do lar. Mas na prática, a Reserva Técnica resolve no curto prazo a total desvalorização do planejamento. Pois o projeto arquitetônico, antes de qualquer coisa, é um trabalho intelectual e de planejamento que inclusive pode facilitar a vida de quem tem que levantar “tijolo com tijolo num desenho mágico”. Mas….Mas….o Conselho precisa tomar uma posição de fato. Tal pesquisa irá subsidiar o posicionamento. Mas constatar a realidade não significa que ela está correta o ponto de vista ético. Digo ético pelo impacto na concorrência no mercado. Quem pratica a RT, pode se dar o luxo de doar o projeto, pagá-lo via RT e levando quem não pratica RT a ficar a ver navios no final do ano. Quem quer fazer RT, e pela pesquisa, ela é garantida via materiais de Revestimento e luminotécnico, pode também abrir uma empresa de venda de porcelanato e lâmpadas e luminárias. Enfim….desculpem o cinismo mas o Cau de fato precisava se posicionar. Pq se irá liberar, é um novo padrão. E aí…poderei fazê-lo sem muita preocupação. Nunca fiz, pois aprendi que é ruim para a nossa atividade (portanto, fechar as contas no final do mês é um sufoco e vender projeto é gastar muita saliva e marketing). Mas….estamos abertos para mudar de posicionamento se for necessário. Pq. também sei o quanto é difícil vender o planejamento (mesmo o papel sendo mais barato que o tijolo) e o projeto arquitetônico ou o projeto de outras áreas que temos atribuição. Abraços Democráticos.

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