
Há três anos aguardando para ser votado na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o novo plano diretor do município terá um projeto substitutivo apresentado nesta sexta-feira (29) pela prefeitura. O texto que havia sido apresentado ainda na gestão do prefeito Marcio Lacerda, em 2015, foi revisto e simplificado pela equipe do prefeito Alexandre Kalil.
Em workshop realizado na manhã desta sexta-feira na sede da PBH, a secretária de políticas urbanas, Maria Caldas, explicou as principais alterações do projeto. “Houve uma grande redução da quantidade de mapas e tabelas em relação ao documento anterior. Com isso vamos conseguir trazer mais gente para a formalidade”, explicou.
Centralidades
O novo plano prevê a criação de novas centralidades a partir do incentivo ao adensamento em regiões próximas aos grandes corredores de trânsito. Dessa forma, as principais avenidas como Antônio Carlos, Cristiano Machado e Amazonas, dentre outras, terão o coeficiente de aproveitamento do solo aumentado. Já as regiões mais adensadas, sobretudo nos arredores da avenida do Contorno, terão o mesmo coeficiente reduzido.
“Isso diminui a necessidade de deslocamento das pessoas. Elas ficam próximas do metrô ou do BRT, o que diminui o investimento em alargamento de vias, por exemplo”, explica Maria Caldas.
Ociosidade
O substitutivo do Plano Diretor prevê ainda a ocupação compulsória de imóveis vazios no hipercentro da capital. Se aprovado, os donos desses imóveis serão notificados pelo município. Caso a dívida chegue a 15% do valor do edifício, a construção poderá ser desapropriada.
Fonte: Hoje em Dia