Arquitetura

IAB critica ensino à distância de Arquitetura e Urbanismo

Segundo entidade, modelo não reúne todos os atributos indispensáveis à formação profissional do arquiteto e urbanista.

O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) criticou a autorização de cursos de graduação de Arquitetura e Urbanismo à distância. A entidade enviou carta, na segunda-feira, 30 de janeiro, ao ministro da Educação, Mendonça Filho, solicitando revisão da decisão, em prol da cultura brasileira e na defesa da sociedade.

Para o IAB, o ensino à distância do curso de Arquitetura e Urbanismo é incompatível com a formação profissional deseja para o arquiteto. Ademais, coloca em perigo a vida de futuros usuários de obras produzidas por profissionais sem a necessária qualidade na formação. “Tal decisão implica risco a sociedade, demonstrando o necessário rigor ao tratamento do assunto”, destaca trecho da carta.

No documento, o Instituto caracteriza a educação à distância como importante instrumento de difusão de conhecimento, mas afirma também que o modelo não reúne todos os atributos indispensáveis à formação profissional do arquiteto e urbanista. “Tal formação tem o Projeto como estrutura pedagógica, uma vez que o Projeto é a atividade matriz dos conteúdos indispensáveis à profissão. E o Projeto, como reconhecido internacionalmente, é simultaneamente pesquisa e proposição, fruto de uma elaboração complexa, autoral, assequencial, fundada na reflexão e na interpretação de informações múltiplas e diversificadas”, diz a carta.

A Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA) é também contra ao ensino à distância para graduação em Arquitetura e Urbanismo.  Na quinta-feira, 26 de janeiro, a Associação divulgou carta aberta sobre o tema.

ABEA contra EAD de Arquitetura e Urbanismo

“Em Arquitetura e Urbanismo, o espaço físico adequado é parte do processo de ensino e favorece o aprendizado. Se dar sentido a espaços (físicos e reais) é o dever de ofício, como fazê-lo na virtualidade? Como aceitar que a relação professor/aluno presencial não seja importante, que a virtualidade basta? Qual seria, então, o sentido da construção física, real e material dos espaços?”, questiona a ABEA.

Fonte: IAB-MG

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