Arquitetura

A importância das propostas dos candidatos ao Governo de Minas para as nossas cidades

Artigo do Presidente do CAU/MG para a Revista Mineira de Engenharia sobre as propostas eleitorais no estado

Com o objetivo de informar sobre os planos de governo dos candidatos ao Governo de Minas e também à Presidência da República, a Sociedade Mineira de Engenharia preparou uma edição especial da Revista Mineira de Engenharia. Nesta edição, são apresentadas as propostas dos candidatos nos assuntos mais importantes para a categoria e a opinião de importantes agentes da área da construção civil sobre as eleições 2018.

Uma das contribuições foi do presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais, o arq. urb. Danilo Batista. Abaixo você confere a íntegra de seu artigo.

A vida urbana no estado de Minas Gerais tem grandes desafios. Cerca de 85% de sua população de 21 milhões de habitantes vive em cidades. O estado possui 853 municípios, com realidades muitos diversas. Os quadros de desigualdade sociais, econômicas e territoriais são recorrentes. Os candidatos ao Governo de Minas Gerais precisam estar atentos à importância das questões urbanas e apresentarem propostas efetivas para as cidades. Os planos de governo parecem ignorar a importância do tema.

É imprescindível que encaremos os grandes problemas das cidades, tais como o aumento da violência social, a deficiência nas infraestruturas, a má qualidade e a falta de manutenção dos espaços públicos, a grave questão da mobilidade urbana, a falta de moradias dignas em contraponto ao excesso de imóveis públicos desocupados, a dificuldade em aliar progresso com preservação ambiental e a precária preservação do patrimônio cultural. Portanto, durante esse processo eleitoral, temos que cobrar dos postulantes ao executivo e ao legislativo, um compromisso verdadeiro com a questão urbana.

As cidades são os locais onde a maciça maioria do estado vive. Promover cidades humanas, justas e sustentáveis e que preservem o patrimônio cultural e a memória do nosso estado deve ser o objetivo comum. A Arquitetura e Urbanismo e a Engenharia são essenciais para permitir as ações nesse sentido. Os governantes precisam trabalhar no sentido de assegurar investimentos em infraestrutura urbana e em serviços públicos e sociais, de forma a garantir a integração de todas as suas áreas à cidade, com ênfase nas periferias. As políticas de desenvolvimento urbano inclusivo devem vir associadas às ações de melhoria da segurança pública.

Outra questão da qual não podemos fugir é o adensamento urbano. Não faz sentido as áreas dotadas de ampla infraestrutura, implantada pelo poder público, não serem incentivadas a receber a maior concentração possível de pessoas, permitindo a intensificação de habitação em áreas centrais, de forma que essa população possa usufruir dos diversos serviços disponíveis e mitigar os graves problemas de mobilidade urbana.

Temos visto, em várias partes do mundo, ações de preservação do patrimônio histórico, aliadas ao uso de edificações tombadas tanto para moradia, inclusive via aluguel social, quanto para uso comercial e de serviços. É importante que os governantes vislumbrem essas alternativas que, além de promoverem a preservação cultural, geram benefícios econômicos e sociais. Nesse sentido, é nosso papel cobrar dos governantes uma posição assumida com relação às questões urbanas. É inadmissível que as propostas dos candidatos sejam tão pobres em termos de projetos para as cidades.

Clique aqui e confira a edição virtual da revista.

Texto também foi publicado no jornal Diário do Comércio. Link

0 resposta

  1. Que conversa fiada hein?
    Vcs poderiam ser mais efetivos em suas ações ao invés de ficar só nesse blá, blá, bla!

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